16 junho 2005

Da injustiça à indignação!

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O Benfica contratou um novo treinador, como é sabido. Depois de levar o Vitesse à ruína, Koeman esteve no Ajax, onde até se saiu bem. Vem agora para Lisboa trabalhar no clube dos 6 milhões onde, como treinador principal escolhe a sua equipa técnica. Já na época transacta Luís Filipe Vieira quis que Trapattoni se adaptasse o mais rápido possível ao futebol português e por isso foi buscar Álvaro Magalhães à Naval para ser seu adjunto, que sem hesitação aceitou.
Álvaro teve, durante a época passada, mérito inegável na vitória no campeonato. Era só ver quem festejava os golos marcados mais entusiasticamente do que o próprio jogador que o marcou (ou que o próprio fiscal de linha que validou o lance ilegal), ele era dizer a Trapattoni que táctica utilizar ou que substituição fazer ou mesmo informar o italiano que "Sei lá quem é este gajo do Beira-Mar que vai entrar!" ou o exemplo mais crasso em que obriga Trap a cabecear furiosa e repetidamente o banco de suplentes dos visitantes do Estádio do Bessa na última jornada aquando do golo de Éder.
Um mês depois do Benfica ter ganho o campeonato e de entretanto ter anunciado o novo treinador, Vieira anuncia a saída de Álvaro da equipa técnica pois segundo ele Koeman só queria trabalhar com holandeses que ele indicasse. Como treinador principal, queria ser ele a escolher os seus adjuntos e estes seriam holandeses. Por mim, se estes tiverem a competência que eu julgo que Koeman tem, fico feliz. Apesar de tudo, Vieira já teria indicações que esta seria a vontade de Koeman por isso teve mais que tempo de dispensar Álvaro de modo a que ele tivesse convites para trabalhar nesta próxima época. Como é óbvio, Álvaro sente-se amargurado não só porque não pode prosseguir o seu trabalho no clube que ama mais do que a própria vida como nem sequer pode ir treinar outro clube qualquer na nova época.
Eu vou agora acrescentar mais um motivo para a amargura de Álvaro: a contratação de Chalana para adjunto de Koeman. Não será certamente uma contratação indicada pelo holandês pois certamente ele não dizer "Eu gostava mesmo mesmo era de trabalhar com o treinador do Oriental!". Só pode ser uma contratação de Vieira. Quer contratar Chalana para que este faça a ponte que Álvaro também fez com Trapattoni. É da maior injustiça despedir-se Álvaro que já estava identificado com os jogadores e com a realidade actual do clube e como treinador já mostrou alguma coisa em equipas da Superliga, e ir-se buscar Chalana que nunca fez nada como treinador além de pertencer a uma equipa técnica que pouco durou no Paços de Ferreira e de treinar o Oriental, sem sucesso particular assinalável.
É triste a situação de Álvaro mas daqui quero dar o meu abraço bem sentido com os seus 12 dedos!